Ação Sindical: Sindicato denuncia e acompanha fiscalização na Prol Gráfica

Data da postagem: 1/12/2010

Trabalhadores da Prol Gráfica durante paralisação, pelos mesmos motivos, em setembro

Com a relutância da Prol Gráfica em abolir do seu dia-a-dia a adoção de práticas ilegais de trabalho e que já levaram os trabalhadores a paralisarem o funcionamento da empresa e apresentar cartão vermelho aos patrões, o Sindigráficos realizou fiscalização durante expediente junto ao representante da Delegacia Regional do Trabalho, na quarta-feira, 10 de novembro.

A resposta do órgão público foi imediata. O Sindicato havia oficiado à Delegacia pedido de intervenção no dia 8. O tratamento emergencial dado foi resultado da indignação sob o regime de quase escravidão em que os gráficos trabalham.

As reclamações dos trabalhadores são desde carga horária extensiva ao longo da semana (mais de 12h), sem interrupções ou dias de folgas, tratando domingos e feriados como dias normais de trabalho, à ordenação de horas extras sob pena de retaliações caso o trabalhador não aceite, sempre solicitadas nos fins de semana.

Fora as já citadas, o Sindicato também denunciou a contratação de mão-de-obra terceirizada pela Prol Gráfica – sem a proteção dos contratados pelas cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho vigente -, de diaristas e temporários. Além da situação de exílio de direitos e promessas vazias sobre possíveis contratações, o presidente do Sindigráficos, Joaquim de Oliveira, e o vice-presidente, Álvaro Ferreira da Costa (Já Morreu) mostraram ao fiscal as péssimas condições do ambiente para o exercício do trabalho, como os elevados ruídos do maquinário e temperaturas que chegam a 45º.

O Sindicato também solicitou à Delegacia do Trabalho pedido de mesa redonda com representantes da Prol Gráfica, em nova tentativa de discussão sobre os temas. À empresa foi solicitado raio X pela Delegacia, que estipulou prazo para a entrega dos cartões de ponto e outras documentações. “Nós já conversamos com a empresa sobre o desrespeito o qual o trabalhador é tratado e não fomos ouvidos. Queremos mostrar que representamos o gráfico e não toleraremos descaso algum. Se precisarmos ir a qualquer instância do poder público para denunciarmos, iremos!”, disse Álvaro Ferreira da Costa ( Já Morreu).

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