ATAIGESP alerta sobre o índice do reajuste da aposentadoria no Brasil

Data da postagem: 26/01/2016

imgHandler (1)Começamos mais um ano com as mesmas previsões pessimistas do ano que terminou. A reposição de 11,28 por cento nos benefícios de quem ganha mais de um salário mínimo poderá parecer, para os mal-informados, que não é o caso de você que está lendo esse artigo, um aumento, quando na verdade não é. Apenas está sendo acrescentado a inflação que corroeu os benefícios do ano anterior e que antes mesmo de se receber com o novo valor, a partir de 26 janeiro, já estará defasado em algo próximo de 1 por cento.

Para os que ganham um salário mínimo a reposição foi de 11,67 por cento. Essa pequena diferença se deu pelo acréscimo de mais 0,1 por cento que foi o PIB (Produto Interno Bruto) de 2014, como dispõe a lei que está valendo até 2019, em cima dos 11,28 por cento, e mais um arredondamento de pouco mais de dois reais que juntos perfazem o salário mínimo de R$ 880,00.

Como se vê, desta vez os benefícios foram reajustados praticamente com os mesmos percentuais, dando até a impressão que o Governo atendeu os apelos dos aposentados, que recebem mais de um salário mínimo, e que reivindicam o mesmo aumento que é dado ao salário mínimo.

A política de valorização do salário mínimo que começou em 2010 e vai até 2019, acrescentando o PIB de dois anos anteriores sobre a inflação do período, mais os reajustes acima da inflação desde 1994, provocaram uma diferença, até agora, de 85 por cento, segundo a COBAP, entre o mínimo e os benefícios acima desse valor. Acima mostramos a tabela que ilustra bem a diferença de reajustes desde 2004 até o presente ano.

Essa forma de reajuste está nivelando, para baixo, os benefícios. A presidente Dilma vetou a emenda que propunha aumento igual para todas as aposentadorias, mas o PIB de 2014 provocou os reajustes em patamares quase iguais. Agora só falta o Governo dizer que atendeu a nossa reivindicação!

Fonte: Roque Barbieri – Presidente da Ataigesp (Associação dos Trabalhadores Aposentados nas Indústrias Gráficas do Estado de São Paulo)

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