Aumento do mínimo gera divergências e mobiliza trabalhadores

Data da postagem: 17/01/2011

Mantega anunciou mínimo de R$ 545

Os capítulos do enredo sobre o aumento do salário mínimo tem agitado o cenário dos sindicatos nestas últimas semanas e provocado ansiedade na classe trabalhadora. O governo tem acenado com proposta de aumento segundo a inflação do mês de dezembro de 2010, defendendo o valor de R$ 540, já aprovado em medida provisória, nos últimos dias do ano passado, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Para as centrais sindicais o valor deveria ser reajustado para R$ 580. A indicação deste valor vem agregada a intensão de diminuir das perdas já acumuladas desde 1995 pelos trabalhadores, quantia que já ultrapassa 70%, em função dos índices que formam o cálculo para o Imposto de Renda. A explicação é de que a forma como ele tem sido feito tem corroído os salários e os ganhos das categorias.

Na sexta-feira, 14, o ministro da Fazenda Guido Mantega anunciou que o governo defende o valor de R$ 545, ou seja, R$ 5 a mais do valor já prometido. Mantega também disse que uma nova Medida Provisória (MP) será editada ainda em fevereiro para que o aumento já seja recebido em março.

Mas o embate não para por aí. Existem grupos no governo que defendem valor maior, setores, inclusive, que fazem parte da bancada governista.

Se reajustado em R$ 545, o impacto do montante nas contas públicas deste ano será de R$ 1,4 bilhão, afirmativa trabalhada pelo governo para manter a decisão.

Mas a briga não encerra por aí. As centrais sindicais estão mobilizando trabalhadores em todo o Estado na luta pelo valor de R$ 580, índice que, segundo elas, permitirá que o mercado seja aquecido ainda mais, já que os trabalhadores terão aumento no poder de compra e o valor conquistado ajudará no crescimento da economia brasileira.

Na última semana, as centrais sindicais protocolaram  uma carta a ser entregue a presidente Dilma Rousseff, pedindo o aumento do mínimo e a correção da tabela do Imposto de Renda pelo índice de inflação, de 6,43%, entre outros assuntos.

Com agências

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