Em um ano marcado por ataques aos trabalhadores, permanecemos unidos e ativos na luta!

Data da postagem: 23/11/2016

alvaro

Felizmente, fechamos o mês de novembro com uma Campanha Salarial vitoriosa para os trabalhadores gráficos! Não podemos dizer que foi um período de negociação fácil, pois o patrão, como em todos os anos, estava resistente e nos ofereceu apenas migalhas! No entanto, o Sindigráficos estava focado em lutar pela manutenção dos direitos e do emprego dos gráficos, além de um reajuste salarial justo! Afinal, é através do nosso trabalho que o patrão segue enriquecendo a cada ano! Com a união de todos trabalhadores, seguimos mais um ano vitoriosos!

No entanto, não foi apenas a Campanha Salarial que passou por momentos turbulentos. O Brasil, devido às medidas do atual governo, passa por uma fase de reformas e o trabalhador será o principal atingido!

Um dos pontos centrais da reforma trabalhista é o chamado “negociado sobre o legislado”, que visa permitir a flexibilização da CLT e da Convenção Coletiva de Trabalho, permitindo que a empresa negocie diretamente com o trabalhador diversos direitos. Temos que nos mobilizar contra o negociado, pois se passar, os sindicatos perderão a força. Afinal, para que utilizar a CCT se o patrão pode negociar sem a presença do Sindicato?

Como se não bastasse, ainda devemos lutar contra o Projeto de Lei 4330, conhecido como o PL da Terceirização. Agora com o nome de Projeto de Lei da Câmara 30/2015, o PL segue em tramitação no Senado e deve ser votado até 2017. Se aprovado, regulamentará a terceirização no Brasil, permitindo que as empresas terceirizem as atividades-fim. Para os patrões, os gastos com mão-de-obra diminuem, mas os trabalhadores serão prejudicados com redução salarial, perda de benefícios, alto risco de acidentes de trabalho e maior risco de falta de pagamentos de verbas rescisórias, só para citar alguns problemas.

O governo prevê também uma reforma na Previdência Social. Estabelecer a idade mínima de 65 ou 70 anos está entre as regras previstas. Infelizmente, além de trabalharmos praticamente até o final da vida, teremos um grande problema de desemprego.

De todas as experiências e ataques vividos durante 2016, fica uma conclusão: sindicatos e trabalhadores unidos são muito mais fortes. Não nos deixamos abater diante de tudo que vivemos e não será em 2017 que vamos sucumbir! Vamos continuar firmes na luta pela classe trabalhadora e pelo Brasil! Nunca aceitaremos migalhas do patrão e, muito menos, o retrocesso de nossos direitos! Em 2017, permaneceremos atentos e na luta!

Álvaro Ferreira da Costa, presidente do Sindigráficos

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