Mais de 1 milhão de pessoas participam do 1º de maio
A comemoração do 1º de Maio Unificado das Centrais reúne mais de um milhão de trabalhadores na Praça Campo de Bagatelle, em São Paulo.
No ato político apresentado pelos secretários-gerais da centrais, entre os quais João Carlos Gonçalves (Juruna), dirigentes sindicais, ministros, deputados, senadores elogiaram hoje (dia 1º) a unidade das centrais sindicais – Força Sindical, CTB, CGTB, Nova Central e UGT – na realização da comemoração do Dia Internacional do Trabalho, na Praça Campo de Bagatelle, em São Paulo e também na luta conjunta que desenvolvem na defesa dos direitos dos trabalhadores.
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, Paulinho, elogiou a presidente Dilma por ter indicado o deputado federal Brizola Neto como ministro do Trabalho. “Também quero cumprimentar os trabalhadores de cada um dos 152 sindicatos que fizeram este ato”, disse.
O ministro Brizola Neto disse ter orgulho de ser indicado como ministro com apoio dos trabalhadores. “Este ambiente é ideal para a luta da classe trabalhadora”, declarou.
“O ato político do 1º de Maio Unificado das centrais representa maturidade, compromisso e luta dos trabalhadores para melhorar a vida de todos os brasileiros”, afirmou o deputado Marco Maia, presidente da Câmara dos Deputados. “Se depender do presidente da Câmara”, disse ele, “os trabalhadores terão mais avanços e conquistas”, garantiu.
Isenção do IR na PLR
O ministro Gilberto Carvalho, da secretaria geral da Presidência da República, disse que nesta semana, a presidente Dilma anunciará a isenção de parte do Imposto de Renda na PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) e que na quinta-feira (dia 3), a presidente também se reunirá com as centrais para discutir assuntos de interesse dos trabalhadores.
O ministro Aldo Rabelo, dos Esportes informou que as obras da Copa do Mundo já geraram 300 mil empregos em todo o Brasil.
Início do ato
A primeira a falar no ato político foi a deputada estadual Leci Brandão, que defendeu as 40 horas e a redução da taxa de juros. O presidente do PC do B, Renato Rabelo, declarou que os trabalhadores devem se organizar para conseguir lutar por suas reivindicações.
O deputado Roberto Santiago (PSD-SP) informou que os parlamentares comprometidos com os trabalhadores, entre os quais ele e o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) conseguiram aprovar a urgência para a votação da proposta que acaba com o fator previdenciário. O senador Roberto Freire (PPS) destacou a unidade das centrais e o deputado Roberto Lucena (PV) disse que 2012 será um ano de grandes avanços para os trabalhadores.
O deputado Rodrigo Rollemberg (PSB), defendeu a queda das taxas de juros e o fortalecimento da empresa nacional. O deputado Arlindo Chinaglia, líder do PT, elogiou a unidade das centrais e disse que os sindicatos são insubstituíveis na organização dos trabalhadores.
O vereador Netinho de Paula (PC do B) exaltou a união das centrais e conquistas, como o aumento da formalização dos empregos e as cotas nas universidades decididas pela Justiça.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos SP e vice-presidente da Força Sindical, Miguel Torres, parabenizou a unidade de ação das centrais sindicais e este modelo sindical, que não permitiu que o Brasil entrasse em crise e citou as conquistas. “Graças a está unidade que nós temos aumento real de salário, política de valorização do salário mínimo”.
O presidente da Federação dos Químicos do Estado de São Paulo, Sergio Luiz Leite, Serginho, citou as lutas dos trabalhadores. “O movimento sindical continua firme para acabar com o fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho e o combate a precarização do trabalho”, disse.
Antonio de Sousa Ramalho, presidente do Sintracon-SP, elogiou a escolha do ministro Brizola Neto e disse esperar que o Ministério do Trabalho coloque mais fiscais, especialmente nas obras da construção civil para evitar acidentes e mortes.
O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, João Batista Inocentini, afirmou que neste mês os aposentados devem lutar para acabar com o fator previdenciário.
O presidente da Fecomerciários, Luiz Carlos Motta, defendeu a regulamentação da profissão dos comerciários e a redução da jornada.
A presidente do Sindicato das Costureiras de SP e Osasco, conclamou os trabalhadores a se engajarem para eleger vereadores e prefeitos comprometidos com a causa dos trabalhadores.
O presidente do Sindicato dos Eletricitários, Carlos Alberto dos Reis, defendeu a unidade e alertou os trabalhadores que existem setores do movimento sindical que pregam a divisão da classe trabalhadora.
O secretário estadual do Trabalho, Carlos Andreu Ortiz, representou o governador Alckmin e informou que o Estado qualificará os trabalhadores do corte de cana. O secretário do MST, João Paulo, declarou que os sem terra lutam contra os latifúndios improdutivos e pela produção de alimentos de qualidade.
Raimunda, da CTB, falou pelas mulheres das centrais. Ela defendeu a igualdade e oportunidade das mulheres em relação aos homens.
Fonte: Força Sindical
