Negociações com patronal não avançam e Sindigráficos alerta sobre possibilidade de paralisação

Data da postagem: 13/11/2013

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Em reunião realizada nessa terça-feira, 12/11, o Sindigráficos e o Sindigraf, sindicato patronal, deram continuidade as rodadas de negociações da Campanha Salarial 2013/2014 “Trabalhadores Gráficos em Ação contra a Enrolação”.

De acordo com o presidente do Sindigráficos, Joaquim de Oliveira, o patronal está resistente e as negociações terminaram de forma preocupante. “Dessa vez, o Sindigraf propôs apenas 0,54% de aumento real ao trabalhador, o que totaliza apenas 6,15% de aumento se somado com a inflação. Isso é um absurdo!”, completa.

Em relação às cláusulas sociais, a mudança mais significativa é o aumento de dois dias de licença para mães que precisarem levar o filho ao médico ou em casos de internação. “Passou de seis para oito os dias que as mães gráficas podem apresentar atestado médico por levar o filho em consulta. Em caso de internação do dependente, a mulher pode faltar até 10 dias”, avisa Oliveira.

Sem previsão de novas reuniões, o Sindigráficos irá alertar a categoria sobre a possibilidade de paralisação, no dia 15/11, quando será realizada a Festa de Confraternização do Sindicato. “Continuamos em um momento de alerta! Vamos consultar a categoria e, provavelmente, iremos realizar uma paralisação”.

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Em 5/11, o Sindigráficos se reuniu com representantes do Sindigraf para a 2ª rodada de negociações da Campanha Salarial.

De acordo com Oliveira, as negociações caminharam de forma preocupante. “A cada reunião, o patronal demonstra cada vez mais seu desrespeito com o trabalhador. Dessa vez, apresentaram uma contraproposta solicitando a mudança da data-base da categoria para maio. Além disso, queriam mudar o sistema de banco de hora e criar um terceiro piso salarial para trabalhadores manuais. Diante disso, não permitimos que esses itens fossem discutidos, rejeitamos de cara”, afirma Oliveira.

Ainda segundo o presidente, o patronal afirmou só conceder aumento real do piso salarial, se houver a mudança da data-base ou a criação do terceiro piso ou transformar as horas extras em banco de horas.

Em relação às reivindicações sociais, não havia sido apresentada nenhuma contraproposta.

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