Sindicalistas intensificam luta contra a Progressividade

Data da postagem: 23/06/2015
Foto: Daniel Cardoso

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Dirigentes da Força Sindical decidiram ontem (dia 22), em reunião realizada em São Paulo, lutar no Congresso Nacional contra a Progressividade na aposentadoria  estabelecida pela presidenta Dilma Rousseff na Medida Provisória (MP) nº 676, editada no dia 17 de junho. “O ponto negativo é a Progressividade”, declara Miguel Torres, presidente da Central.

Pela MP, os trabalhadores poderão se aposentar com 100% do valor do benefício até o final de 2016. Em 2017, a soma do tempo de contribuição com as idades de mulheres e de homens sobe um ponto e chega a 86 (mulheres) e 96 (homens); em 2019 vai para 87/97; em 2020 fica em 88/98; em 2021 para 89/99 e, em 2022, fica em 90/100.

O deputado Paulo Pereira da Silva, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), informou na reunião que apresentou duas emendas na Câmara dos Deputados para mudar a Medida Provisória. Na primeira, ele propôs que a fórmula 85/95 entre em vigor imediatamente. A segunda emenda fixa que a fórmula progrida um ponto a cada cinco anos, até chegar à proposta de 90/100, como quer o governo.
“Lutar contra a Progressividade e contra o veto é garantir a fórmula 85/95”, destaca João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Central.

João Batista Inocentini, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical, deu uma explicação detalhada sobre a medida. “Precisamos ter muita atenção para esta medida da presidenta da República. Ela passou um melzinho na boca dos trabalhadores, que até o final de 2016 poderão se aposentar com 100% do valor do benefício. Mas, na realidade, apenas 10% preenchem as condições para solicitar a aposentadoria nesse período. Os outros 90% terão de trabalhar mais três anos, em média”, afirma.

“A partir de 2017, quando será aplicada a Progressividade, aqueles que estarão na época de se aposentar não vão querer trabalhar mais três anos, e vão preferir o Fator Previdenciário, que achata o valor das aposentadorias em até 40%. Enfim: fica tudo do mesmo tamanho com os trabalhadores usando o Fator”, observa Inocentini.

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