“Vamos intensificar a luta pela Pauta Trabalhista”, diz Miguel Torres

Data da postagem: 6/01/2014
Foto: Arquivo Força Sindical

Foto: Arquivo Força Sindical

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, afirma que a Central decidiu intensificar a luta pela Pauta Trabalhista, que tem, entre outros itens, o fim do Fator Previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, a correção da tabela do Imposto de Renda e a queda nas taxas de juros. Sobre o governo, o líder sindical reclama que Dilma não Dialoga de forma democrática com as Centrais Sindicais. Leia abaixo a entrevista:

Como está a Pauta Trabalhista?

Miguel Torres – A direção nacional da Força Sindical decidiu intensificar a luta pela Pauta Trabalhista. A Pauta cobra a manutenção da política do salário mínimo, reajuste para os aposentados, correção da tabela do Imposto de Renda, redução da jornada de trabalho, fim do Fator Previdenciário, juros menores, fim das terceirizações e um combate efetivo à rotatividade no mercado de trabalho.

Como será a luta?

Miguel Torres – Discutimos e acertamos formas de organização das lutas. Vamos intensificar atos por todo o Brasil – e em Brasília – como forma de sensibilizar o Congresso Nacional e o governo da importância da Pauta Trabalhista.

E as questões da redução da jornada de trabalho e do fim do Fator?

Miguel Torres – Ambos estão parados no Congresso Nacional. É preciso unidade das centrais para fortalecer a luta e muita pressão para sensibilizar os parlamentares sobre a necessidade de aprovador Ester dois itens, que só trarão benefícios para a sociedade.

As Centrais Sindicais reclamam da relação com o governo?

Miguel Torres – O mais decepcionante é que o movimento sindical apoiou Dilma, e ela se comprometeu com alguns temas. Ela disse, por exemplo, que acabaria com o Fator Previdenciário, mas se esqueceu disso após tomar posse. A nossa Pauta não avançou no atual governo.

Caso das desonerações?

Miguel Torres – Veja só: a presidente Dilma fez uma série de desonerações fiscais sem conversar com os sindicatos. Alertamos que o governo poderia ter atrelado as desonerações a contrapartidas sociais. Infelizmente, o governo ficou surdo. O que aconteceu? Setores beneficiados, como a de cana-de-açúcar, têm uma rotatividade que ultrapassa 50% da mão de obra. Aí, aumenta a procura pelo seguro-desemprego, vem o governo e quer mudar o benefício, alegando que existem muitas fraudes.

E este ano, que tem Copa e eleições?

Miguel Torres – Realmente será um ano importante. Sobre a Copa, cobramos e estamos vigilantes sobre o trabalho decente nas obras. Agora, sempre alertamos os trabalhadores a votar em candidatos comprometidos com a classe trabalhadora, que têm compromisso com a ampliação de direitos.

Fonte:  Força Sindical

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