Veja sete medidas para tomar após uma demissão e dar a volta por cima

Data da postagem: 28/05/2014

Divulgação

Divulgação

Ninguém está preparado para perder o emprego. Ainda que haja indícios de que a relação com o empregador ou a saúde da empresa não vão bem, vítimas do corte geralmente se assustam. Quem é pego de surpresa tende a tomar atitudes impulsivas, que acabam prejudicando o processo de recolocação no mercado. Para fugir dessa armadilha, vale traçar um planejamento a partir do momento em que recebe a notícia da demissão. “Sempre recomendo mais ação e menos reação. Ficar falando mal do antigo chefe ou empresa não leva a nada. Viajar para esfriar a cabeça também não. O melhor é arregaçar as mangas e agir”, diz Franco Oliveira, executivo e coach de carreiras da Coach S/A – Treinamento e Desenvolvimento Profissional. A seguir, ele e outros especialistas dão orientações básicas que devem constar do plano pós-demissão.

REFLITA SOBRE O MOTIVO DA DEMISSÃO – De acordo com Eduardo Ferraz, consultor em gestão de pessoas e especialista em Direção de Empresas pela PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), o primeiro passo é pensar sobre os argumentos que foram usados pelo seu chefe para justificar a demissão. “Reconhecer eventuais falhas é fundamental para o amadurecimento profissional”, diz. Também vale a pena trocar ideias com amigos e especialistas sobre o assunto. Desabafar é, por si só, uma estratégia que ajuda na superação. Por outro lado, resista à tentação de fugir da realidade, seja evitando pensar no assunto ou mesmo embarcando em uma viagem longa. “É bom ter em mente que, quanto mais o tempo passa, mais difícil se torna a recolocação”, declara Franco Oliveira, executivo e coach de carreiras da Coach S/A – Treinamento e Desenvolvimento Profissional.

ATUALIZE SEU CURRÍCULO OFF-LINE E ON-LINE – Ao fazer isso, quando pintar uma entrevista, você não será pego de surpresa. “No documento, informe nome, data de nascimento, endereço e formação acadêmica superior resumida, sempre do curso mais recente para o mais antigo. Palestras e seminários não precisam ser listados”, diz o consultor em gestão de pessoas Eduardo Ferraz. Elenque também os empregos anteriores, citando o seu cargo e as principais funções exercidas, sem ultrapassar duas linhas. Finalize com uma miniredação de cerca de quatro linhas com informações relevantes, como trabalhos voluntários e experiências no exterior. “Só inclua idiomas se tiver fluência”, completa o consultor. O especialista em marketing pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), Sílvio Celestino, da Alliance Coaching, empresa especializada no treinamento de executivos, também sugere manter o currículo atualizado nas redes sociais. “O LinkedIn é a rede mais acessada por recrutadores. Nele, possíveis contratantes podem analisar seu perfil e arriscar um contato”, afirma.

ATIVE SUA REDE DE CONTATOS – Não se intimide e ligue para os amigos mais próximos que atuam na área, avisando que está à procura de uma nova oportunidade. “É muito mais fácil conseguir um novo emprego por meio da indicação de um amigo do que enviando o currículo para o RH (Recursos Humanos) da empresa onde pretende trabalhar”, afirma Leticia Camargo, economista pela PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) e planejadora financeira. Redes sociais podem ser um caminho para um contato breve com pessoas com quem você não tem tanta intimidade. Para não parecer invasivo, pode dizer, por exemplo, que está disponível para trabalhos de freelancer ou consultoria, enquanto não encontra uma recolocação. “Trabalhos de freelancer também podem ser muito úteis para estender a rede de relacionamentos”, diz Franco Oliveira, executivo e coach de carreiras da Coach S/A – Treinamento e Desenvolvimento Profissional.

ADOTE UMA POSTURA CONFIANTE – Dessa forma, as pessoas ao seu redor poderão sentir o quanto está batalhando para dar fim a essa fase. “É bom lembrar que atitude gera atitude. Quem fica parado, esperando que algo aconteça, com certeza terá mais dificuldade de recomeçar”, afirma Franco Oliveira, executivo e coach de carreiras da Coach S/A – Treinamento e Desenvolvimento Profissional. Estar com a autoestima em dia também é fundamental no momento de fazer a entrevista. “A postura de quem está desempregado não pode ser de um derrotado. Atente-se para o quanto a sua competência poderá ser útil à nova empresa. Construa o seu discurso em torno disso e das possibilidades de expansão que vê a partir daquela oportunidade”, aconselha o especialista.

MANTENHA-SE OCUPADO – Tente manter uma rotina durante a semana, com horários para acordar, se alimentar, relaxar e dormir, como se estivesse trabalhando. Procure, inclusive, mudar a roupa e cuidar da aparência todos os dias, antes de começar a se dedicar às suas atividades. Você pode usar o tempo para pesquisar novas vagas, iniciar algum curso à distância ou até experimentar um trabalho voluntário. “Não é para fazer de conta que nada aconteceu. Muito pelo contrário, é uma atitude para fazer acontecer”, diz Oliveira.

PLANEJE SUAS ECONOMIAS PARA A FASE DE TRANSIÇÃO – Reúna a família para fazer um diagnóstico financeiro e planejar os seus gastos nos próximos meses. Nessa fase de transição, pode ser interessante rever o seu padrão de vida, pensar em maneiras de diminuir as despesas fixas e eliminar as supérfluas. Talvez não seja o caso de cortar de vez a TV a cabo, mas de trocar o pacote completo por um mais básico, até que apareça um novo emprego. “O fundo de garantia deve ser guardado para ocasiões emergenciais. Vender bens também é uma atitude que não deve ser tomada por impulso. O objetivo principal deve ser enxugar as despesas”, diz o educador e terapeuta financeiro Reinaldo Domingos, da DSOP Educação Financeira.

MOSTRE-SE ABERTO ÀS OPORTUNIDADES – No primeiro momento, não estreite as possibilidades para o tipo de vaga que procura. Caso contrário, as chances de recolocação podem diminuir. Quem sabe não é um bom momento para recomeçar em uma função diferente ou mesmo em uma empresa de outra área, diferente da que atuou até aqui? Por outro lado, pese bem os prós e contras de uma vaga e não aceite sem refletir sobre os impactos daquela decisão na sua vida pessoal e profissional a curto e longo prazos. Na dúvida, se ofereça para um trabalho como freelancer, sem contratação imediata.

Fonte:  UOL – Louise Vernier e Rita Trevisan.

GALERIA