A decisão está em suas mãos!

Data da postagem: 4/07/2018

Diante da posição do STF – Supremo Tribunal Federal de impedir a Federação e os Sindicatos Gráficos de cobrarem a Contribuição Sindical tomamos a liberdade de elaborar um dado comparativo de quanto o trabalhador gráfico contribui de Contribuição Sindical e quais os enormes benefícios que ele vai continuar recebendo independentemente de contribuir ou não para a nossa Federação e os Sindicatos dos Gráficos do Estado de São Paulo.

A DECISÃO DE MANTER OU FECHAR O SEU SINDICATO ESTÁ EM SUAS MÃOS

Terminada nossa Campanha Salarial de 2017 a 2018, apesar de toda a pressão salarial do SINDIGRAF em buscar a todo custo retirar nossos direitos conseguimos manter em nossa Convenção Coletiva de Trabalho a maioria de nossos direitos;

Estamos vivendo desde o dia 11 de Novembro de 2017 a vigência de nova Legislação Trabalhista que permite as empresas efetuar vários tipos de contratações do tipo Terceirização, Mão de Obra Temporária, Trabalho em Tempo Parcial, Autônomo, Intermitente, entre outras situações que na prática vão flexibilizar as nossas Convenções Coletivas de Trabalho, e como foi noticiado pelos Dados Econômicos a remuneração do trabalhador foi reduzida em no mínimo 30% somente no início da vigência da nova Lei, com o desemprego de muitos trabalhadores e a contratação de poucos com salários inferiores;

Esta realidade não vai parar por aí, pois o tempo vai mostrar claramente para os trabalhadores como esta nova Lei vai impactar negativamente os nossos empregos;

O mais grave em tudo isto foi provocado por mudança na representação do Sindicato, principalmente no que refere-se as homologações e as restrições da Justiça do Trabalho quando o trabalhador tiver que ingressar com Processo Trabalhista;

As consequências dessas mudanças com as restrições impostas nas Contribuições Negocial e Sindical vão levar uma grande parte de nossos Sindicatos a reduzirem sua participação e em um cenário não muito distante o fim de nossas entidades sindicais;

A nossa Federação que desde 1973 data de sua fundação exerceu um papel muito importante nas Áreas Inorganizadas até 1990, principalmente nas regiões do ABCDMRP – Guarulhos – Barueri, Osasco e Região, agindo diretamente junto aos interesses dos trabalhadores e em muitas cidades do Estado de São Paulo que não estavam na época cobertas por Sindicatos Gráficos está fadada a desaparecer num período muito curto;

A par deste trabalho durante toda sua trajetória a nossa Federação coordenou as Campanhas Salariais junto aos nossos Sindicatos Gráficos Federados e durante estes longos anos de Negociações Salariais conseguimos chegar a uma Convenção Coletiva de Trabalho com 84 Cláusulas todas acima dos direitos da CLT;

Dentro destes direitos podemos destacar um Piso Salarial de R$ 1.566,40, Reajustes Salariais acima da inflação, PLR que variam de R$ 605,72 a R$ 890,80 por ano, Cesta-básica no valor médio de R$ 90,00 a R$ 120,00 reais, Horas Extras e Adicional Noturno em 15% acima da Lei, Complementação de Salário por 90 dias quando afastado pelo INSS, entre muitos outros benefícios individuais que fazem parte de nossa Convenção Coletiva de Trabalho;

Estamos relatando este cenário para alertar o trabalhador gráfico que sem suas Contribuições Sindicais será muito difícil nas próximas negociações manter estes direitos de nossa Convenção Coletiva de Trabalho;

Se efetuarmos um dado comparativo ente o que o trabalhador contribuía e o que recebe com a participação dos Sindicatos as diferenças são enormes, ver demonstrativo abaixo;

Quando os meios de comunicação divulgaram o fim da Contribuição Sindical e agora pelo STF em nenhum momento foi analisado um comparativo de quanto o trabalhador contribui e de quanto recebe em troca por um motivo muito claro além de agirem como patrões não tem qualquer interesse em promover este debate, mas sim desmoralizar os Sindicatos, sem permitir que demonstremos o quanto o trabalhador é favorecido com a participação do Sindicato, tanto nas Ações Coletivas como nos direitos individuais conquistados a favor dos trabalhadores;

É muito fácil se comprovar, basta buscar em nossa Página WEB http://www.ftigesp.org.br/, bem como em nosso FaceBook: https://www.facebook.com/ftigesp/, todos estes benefícios que são negociados pela nossa Federação e os Sindicatos Gráficos do Estado de São Paulo;

Ocorre que o trabalhador gráfico não está levando em consideração este trabalho e tem procurado não mais contribuir com seus Sindicatos e em muitos casos até se desfiliarem;

Portanto não existe outra solução para a manutenção de seus direitos se não continuar a recolher suas Contribuições Sindicais e o mais importante seria se filiar ao seu Sindicato, caso contrário você vai conseguir fechar o seu Sindicato inclusive a nossa Federação, mas vai também deixar de receber estes direitos conquistados por muitos anos de Negociações Salariais a seu favor;

A decisão é sua ou mantém seu Sindicato vivo ou não tenho dúvidas vai perder todos os benefícios que foram conquistados não por este governo ilegítimo, mas pelo trabalho da Federação e de nossos Sindicatos Gráficos;

Diante do que você contribui e que você recebe em benefício, pense bem e tome a decisão de manter o seu Sindicato ou encerrar suas atividades, você decide…

Vamos fazer um comparativo de alguns Dados Econômicos
negociados pela Federação e os Sindicatos Gráficos:

Governo Convenção Coletiva
Inflação 0% 24% no Ano de 2018
Salário Mínimo R$ 954,00 Piso Salarial Mínimo R$ 1.566,40 = Dif.: 940,40
Cesta Básica – NADA – De R$ 90,00 a R$ 120,00 Mensais
R$ 1.080,00 a R$ 1.440,00 Anual
PLR – NADA – R$ 606,00 a R$ 890,00 Anual
Hora Extra 50% 65% = 15% acima da Lei
Adicional Noturno 20% 35% = 15% acima da Lei

Valor da Contribuição Sindical por faixa salarial

Contribuição Sindical – Salário R$ 1.500,00 ÷ 30 = R$   50,00

Contribuição Sindical – Salário R$ 3.000,00 ÷ 30 = R$ 100,00

Contribuição Sindical – Salário R$ 4.500,00 ÷ 30 = R$ 150,00

Contribuição Sindical – Salário R$ 6.000,00 ÷ 30 = R$ 200,00

Desses valores 60% vão para os Sindicatos – 15% para Federação e 5% para a Confederação;
10% para o FAT (Governo) e 10% para as Centrais;

LEONARDO DEL ROY – Presidente da Federação e da CONATIG.

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