Campanha Salarial: assembleia dá pontapé em mobilização da categoria

Data da postagem: 6/09/2010

“Mas uma vez estamos juntos na batalha por melhores condições de trabalho e reposição e salários justos. É preciso que nos mobilizemos para consolidar as nossas reivindicações”. Foi com esta frase que o presidente do Sindicato dos Gráficos de Barueri, Osasco e Região, Joaquim de Oliveira, abriu a assembleia geral da nossa categoria. O encontro aconteceu na sede da entidade, na sexta-feira, 3, e discutiu sobre a pauta a ser levada ao setor patronal.

Com o tema “Reposição e aumento real já, senão a chapa vai esquentar”, a pauta da Campanha Salarial deste ano foi aprovada por unanimidade pelos gráficos. Além do aumento, a categoria luta pela valorização dos trabalhadores e pela redução da jornada de trabalho. O texto propõe, ainda, a renovação das cláusulas sociais da Convenção Coletiva em vigor.

A assembleia também contou com a participação à mesa do diretor José Ivanir Nogueira, do vice-presidente do Sindigráficos, Álvaro Ferreira da Costa, e do presidente da Federação do Gráficos, Leonardo Del Roy, que auxiliaram na explicação das 114 cláusulas que a pauta contém.

Um dos tópicos apresentados aos gráficos foi o momento econômico do Brasil, que deverá ser um norteador das negociações em busca de resultados mais positivos. Para os dirigentes, a luta deste ano não terá a sombra da crise financeira, que assombrou a economia no ano passado e foi usada como justificativa por alguns patrões. Além disso, dados apresentados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) mostram crescimento do setor gráfico e permitem maior ênfase na reivindicação de um aumento real.

Del Roy lembrou que o aumento efetivo “tem sido uma conquista no país em diferentes categorias”. Já Álvaro da Costa disse que “para que os gráficos possam aproveitar o cenário econômico positivo é preciso unidade na luta”, e lembrou que políticas anteriores que privilegiaram mais a economia de outros países, com o aumento das importações, acabaram com o emprego de milhões de pessoas e por isso é importante batalhar, também, pela ampliação do número de vagas, para assegurar, inclusive, o ingresso dos jovens no mercado de trabalho.

Ao explicar sobre o índice de reposição salarial, Joaquim de Oliveira encerrou um dos últimos pontos da pauta e alertou aos trabalhadores sobre a necessidade do entendimento de que “brigar pela inflação é correr atrás do que já foi diluído nos salários”. “Queremos reposição sim, mas também aumento real”, enfatizou.

O documento será protocolado ainda nesta semana juntamente com as atas de outros sindicatos de São Paulo, que integrarão a Campanha Salarial Unificada da categoria.

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