Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher

Em 25/11 é celebrado o Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher, data oficial das Organizações das Nações Unidas (ONU) convencionada desde a Assembleia Geral da instituição de 1999.

Para o presidente do Sindigráficos, Joaquim de Oliveira, a data é importante e deve ser lembrada para ampliar a discussão, já que todos os dias, dezenas de mulheres sofrem com algum tipo de violência em suas próprias casas.

“Precisamos ficar ainda mais atentos agora, em época de isolamento social causado pelo novo coronavírus, quando muitas mulheres são vítimas de violência física, sexual, psicológica, moral ou patrimonial e acabam sendo obrigadas a ficar por muito mais tempo ao lado dos agressores”.

A data homenageia as irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, três mulheres brutalmente assassinadas pelo ditador Rafael Leônidas Trujillo, da República Dominicana, em 25 de novembro de 1960. O trio combatia duramente a ditadura no país e acabaram sendo assassinadas por isso. As mortes repercutiram em todo o país, causando forte comoção. Pouco tempo depois, o ditador Rafael Trujillo também foi assassinado. No Brasil, quem chamou a atenção para essa luta foi a brasileira Maria da Penha Maia Fernandes, que ficou paraplégica após seu marido atirar em suas costas enquanto ela dormia.

De acordo com reportagem publicada na Rede Brasil Atual, os seis primeiros meses de 2020 tiveram aumento no número de mulheres vítimas de violência doméstica no Brasil, ao se comparar com o mesmo período do ano passado.

Segundo levantamento do ‘Monitor da Violência’, as principais vítimas de feminicídio são mulheres negras. Nos primeiros seis meses de 2020, 1.890 mulheres foram mortas de forma violenta, boa parte em plena pandemia do novo coronavírus – um aumento de 2% em relação ao mesmo período de 2019. Segundo o levantamento, 631 desses crimes foram de ódio motivados pela condição de gênero, ou seja, feminicídio.

Se você sofre ou conhece alguém que sofre com este tipo de violência, ligue para a Central de Atendimento à Mulher, no número 180.