Em meio a tantas dificuldades, nossa maior luta nessa Campanha Salarial é a manutenção dos nossos direitos!

Data da postagem: 8/11/2017

Desde o início da Campanha Salarial 2016/2017, nosso Sindicato sabia que enfrentaria muitos desafios durante a negociação com o sindicato patronal! Afinal, em um Brasil marcado por uma ameaça constante à democracia e onde os direitos dos trabalhadores são massacrados pelo governo em benefício da elite do país, não poderia ser diferente!

Para começar, apenas dois meses depois de aprovarmos e entregarmos a pauta de reivindicação o patronal marcou a primeira rodada de negociação com o Sindigráficos, no final de outubro! O que deixa claro que os empresários já estão de olho na nova legislação prevista pela Reforma Trabalhista, que passa a valer a partir de 11 de novembro, precarizando os direitos dos trabalhadores, reduzindo salários, aumentando jornadas de trabalho, modificando contratos trabalhistas, permitindo a terceirização irrestritra, entre inúmeros prejuízos para a classe trabalhadora.

Por isso, já sabemos que as consequências da Reforma Trabalhista já afetarão nossas negociações e a luta por valorização do trabalhador gráfico desde já! Os patrões, como sempre, nos oferecerão migalhas e terão as medidas da Reforma ao lado deles!

Além disso, toda negociação realizada nas Campanhas Salariais de nosso e todos os sindicatos são baseadas no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação dos últimos 12 meses.

Se em 2015 tivemos reajuste salarial de 10,33% e, em 2016, de 8,5%, neste ano, já podemos esperar que seja muito menor!

Isso acontece porque em 2015, o INPC acumulado do período era de 8%, e em 2016, de 10%, aproximadamente. Já agora em 2017, o INPC acumulado do setor de indústrias gráficas (novembro 2016 a outubro 2017) está em 1,46% e o acumulado de jornais e revistas (outubro 2016 a setembro 2017) está em 1,63%. Por isso, assim como as categorias que fecharam acordo coletivo recentemente, estamos esperando que o patronal proponha índices de reajuste salarial que beirem o INPC.

Os trabalhadores dos Correios, por exemplo, que realizaram greve por 17 dias, tiveram reajuste de apenas 2,07%. O índice de categorias como comerciários, jornalistas e bancários não foi muito diferente!

Enquanto isso, nosso salário não acompanha o aumento de serviços e produtos que precisamos para sobreviver! A partir de novembro, a conta de luz do brasileiro sofrerá aumento de 42,8%! O botijão de gás já aumentou mais de 12%! Sem falar nos constantes aumentos de alimentos e combustíveis!

Por tudo isso, nessa Campanha Salarial, nossa maior luta será pela manutenção de todas as cláusulas de nossa Convenção Coletiva de Trabalho! Em um momento de medo do desemprego e da criação de subempregos, não ficaremos acuados! Todos os direitos já adquiridos não podem ser tirados de nós e é para isso que o Sindigráficos vai lutar!

 

 

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