Ftigesp e STIGs consultam gráficos sobre manutenção dos direitos

Em plena pandemia do coronavírus, a federação estadual (Ftigesp) e os sindicatos dos gráficos paulistas (STIGs) já decidiram que criarão novos meios para que os trabalhadores possam defender o interesse da classe. A missão é mais que justa porque logo mais em setembro todos os direitos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) perderão a sua validade, se não forem renovados após negociação com a entidade que representa os donos das empresas. A atual CCT garante, por exemplo, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), pisos e reajuste salarial.

Em reunião no começo de junho, no STIG Guarulhos, vários sindicatos se reuniram para traçarem como os trabalhadores poderão participar desta campanha salarial. Diante da pandemia, haverá assembleias de maneiras variadas, como hoje no STIG Jundiaí, tendo três horários a disposição da classe. “O importante é que todos participem e mostrem o que pensam e o que desejam democraticamente. O movimento sindical defenderá a posição da maioria. Contudo, adiantamos que defendemos a manutenção integral da CCT, com a PLR, como também o retorno da obrigatoriedade da homologação sindical das rescisões contratuais dos trabalhadores”, diz Leonardo Del Roy, presidente da Ftigesp.

Pela definição conjunta dos STIGs e da Ftigesp, terá assembleias presenciais até o final desta semana. Contudo, diante do risco da covid-19, os encontros deverão respeitar as regras para evitar aglutinações. Para isto, estão sendo realizadas assembleias neste período em todos os turnos (manhã, tarde e noite). A consulta dos trabalhadores nas portas das empresas também pode acontecer. Pode haver também assembleia online, a critério de cada sindicato. Ao final, uma proposta unificada dos gráficos paulistas seja enviada ao patronal em agosto.