Gráficos dão ultimato em patrões e conquistam 8,10% de reajuste

Data da postagem: 20/12/2010

ATENÇÃO! ESSE TEXTO É REFERENTE A CAMPANHA SALARIAL DE 2010!

Após embate acirrado entre patrões e representantes dos Gráficos na negociação da Campanha Salarial da categoria, que durou mais de cinco horas, o martelo final foi dado pelos gráficos, que fecharam reajuste de 8,10%, índice este que incorpora 2,57% de aumento real, um valor a cima da inflação.

O percentual acertado à contra gosto dos patrões, durante encontro que aconteceu na quarta-feira, 18, no Centro de São Paulo, não foi definido facilmente.

Em primeiro, o Sindicato dos patrões (Sindigraf) tentou por diversas vezes emplacar propostas vexatórias junto à categoria, dispondo à mesa de negociação índice um pouco maior do que o apresentado na última negociação, 6,8%. O número, que estava longe de representar um reajuste digno para os trabalhadores, frente à expansão da economia brasileira e dos altos balanços financeiros das empresas do setor, foi reajustado pelos próprios patrões depois das incisivas negativas dos sindicalistas.

Antes de chegarem ao valor de reajuste de 7%, o Sindigraf tentou, em nova manobra, emplacar a infame proposta de de criação de pisos diferenciados e menores do que os já existentes, com o claro intuito de dividir a nossa categoria e movimento e nos fazer retroagir em nossas conquistas. Pela proposta original, o teto de aplicação do reajuste também seria rebaixado, de R$ 7.825,00 para R$ 6.350,00, valor a partir do qual os trabalhadores teriam direito a um valor fixo como reajuste, ao invés de um percentual.

Com a recusa dos sindicalistas, os patrões abriram mão da proposta de mexer nos pisos, mas pediram que o assunto retornasse a pauta de negociação em fevereiro. Cedendo às pressões dos sindicatos dos gráficos mas sem querer aumentar o reajuste para o desejado pela categoria, o Sindigraf ofertou 7,8%. De imediato os gráficos ameaçaram ir as últimas conquências se não fossem melhor contemplados. Mais uma vez o setor patronal teve que ceder ao ultimato da categoria e concordou com o índice de 8,10%, a partir de 1º de novembro.

O percentual foi aprovado em assembleias regionais da categoria em todo o Estado e representa um dos maiores reajustes conquistados pelas classes trabalhadoras nas campanhas salariais deste ano. Além do reajuste, as cláusulas sociais foram mantidas e os gráficos também alcançaram aumento de 3,30% na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) em relação a 2010.

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