Impasse na Campanha Salarial 2011: de um lado, patrões batem o pé. Do outro, trabalhadores ameaçam cruzar os braços

Data da postagem: 4/11/2011

Foi esse o lamentável cenário da reunião de entre os representantes dos trabalhadores gráficos e o setor patronal, realizado no dia 1/11, na sede do Sindigraf /SP.  Não houve nenhuma evolução desde a reunião anterior (14/10) e os patrões, mais uma vez, trataram com desprezo as reivindicações dos trabalhadores.

A quarta reunião serviu apenas para reafirmar o desinteresse dos patrões, que não arredaram o pé da proposta exploratória sugerida por eles: 6,96%, ou seja, a reposição da inflação até outubro. Em relação aos outros itens da pauta, os mesmos não querem sequer discutir.

Repetindo o mesmo enredo  como um disco de vinil riscado, a bancada patronal não analisou e nem propôs sugestões para nenhuma das mais de 90 cláusulas de nossa Pauta de Reivindicações 2011 e ainda tiveram a ousadia de apresentar uma proposta de redução de direitos do trabalhador.

Mas nossa categoria já se inflama. Os trabalhadores gráficos já começam a se preparar para desligar as máquinas e cruzar os braços até que sejam atendidos em suas reivindicações.

De acordo com o presidente do nosso sindicato, Joaquim de Oliveira, o setor patronal está totalmente retrógrado no que diz respeito aos direitos dos trabalhadores. “Nossa categoria quer apenas o reconhecimento de seus trabalhos e exige respeito quanto às suas reivindicações. Desde a primeira reunião sinalizamos que estamos dispostos a negociação, mas o que vemos é a inércia da bancada patronal. Portanto nossa única solução é ir até as últimas conseqüências”, reforçou Joaquim.

Nosso vice-presidente, Álvaro da Costa (Já Morreu) concorda e apoia a posição dos companheiros gráficos.. “Queremos negociar, mas estão passando dos limites do bom senso. Nossa categoria é aguerrida e não se esquiva . Se não querem nos valorizar, a solução será cruzar os braços definitivamente”, defendeu Álvaro.

O Sindigráficos convoca todos os trabalhadores para prepararem-se para a mobilização de protesto, e se não houver reação do setor patronal, a greve será deflagrada.

A próxima reunião da mesa de negociação dos trabalhadores com o setor patronal acontece no dia 11/11 (sexta-feira)


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