Ministro diz que reajuste do seguro-desemprego está em negociação

Data da postagem: 30/07/2013

A aplicação do novo índice, a ser feita a partir de agosto, provocaria impacto de R$ 250 milhões nos gastos até o fim do ano.

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O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, disse nesta sexta-feira (26/07), que a mudança do cálculo para o reajuste do seguro-desemprego ainda está em negociação com o governo, ao contrário do que havia dito nesta semana quando informou que a alteração percentual no benefício estava acertada com a Casa Civil e o Ministério da Fazenda.

De acordo com ele, não há qualquer mal-estar com o Ministério da Fazenda, que negou ter dado aval à medida no mesmo dia em que o Ministério do Trabalho confirmou o reajuste.

A mudança de percentual para o reajuste do seguro-desemprego, que voltaria a ser feito com o mesmo cálculo usado atualmente para o reajuste do salário mínimo, foi cogitada no contexto do anúncio de cortes de R$ 10 bilhões no Orçamento, pela equipe econômica do governo.

Segundo o Ministério do Trabalho, a aplicação do novo índice, a ser feita a partir de agosto, provocaria impacto de R$ 250 milhões nos gastos até o fim do ano.

Na quinta-feira (25/07), Manoel Dias reuniu-se com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para tratar da sua participação na reunião dos ministros do Trabalho e de Finanças do G20 – grupo de países emergentes -, da qual Mantega não pode comparecer. Dias informou que o reajuste do seguro-desemprego foi mencionado, mas que foi formada uma comissão técnica para avaliar a possibilidade do reajuste.

“Não houve recuo [por parte do Ministério do Trabalho]. Cada um tem de se fundamentar bem nas razões que defende. Por isso temos um corpo técnico competente e capaz, que vai buscar fazer contas e números”, disse o ministro.

Dias acrescentou que a comissão técnica, formada para avaliar a possibilidade de reajuste, se reunirá nos próximos dias para apresentar suas conclusões antes da reunião do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), marcada para a quarta-feira (31/07).

Fonte: Brasil Econômico

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