Novo valor do salário mínimo é insuficiente para necessidades básicas do brasileiro
Começou a vigorar nesse sábado, 1º de fevereiro, o novo salário mínimo, que foi de R$ 1.039 para apenas R$ 1.045.
A política de valorização do salário mínimo, adotada a partir de 2004, garantiu ganho real de R$ 425 nos últimos anos, já que estabelecia que os reajustes se dariam a partir da soma da inflação do ano anterior com a média do crescimento do PIB dos dois anos anteriores. No entanto, infelizmente, a medida vigorou até o ano passado.
Para o presidente do Sindigráficos, Joaquim de Oliveira, o final da política de valorização não tem nenhuma lógica do ponto de vista de melhorar a vida do brasileiro e pelo desenvolvimento da economia brasileira. “O salário mínimo vai continuar perdendo seu valor com esse governo. A política de valorização do salário permitia que os trabalhadores pudessem pelo menos manter seu nível de vida. Agora, a diferença social que existe no Brasil continuará crescendo torrencialmente: o pobre ficará mais pobre e o rico, mais rico”, afirmou. “Como a economia vai crescer, como o país vai se desenvolver se não tem dinheiro girando? Uma coisa leva a outra! Se o povo tem dinheiro, consome mais, o dinheiro é injetado no mercado e a economia circula. Não faz o menor sentido a política deste governo”, concluiu.
De acordo com o Dieese, para arcar com saúde, alimentação, moradia, transporte e lazer, o salário mínimo do brasileiro deveria ser cerca de R$ 4.400, quatro vezes mais do estimado pelo governo.