Patrões insistem em desvalorizar trabalhadores

Data da postagem: 7/10/2011

Improdutiva. Assim podemos definir a segunda rodada de negociação com o setor patronal, realizada em 4/10 no Sindigraf/SP. Com total desprezo às reivindicações dos trabalhadores, a bancada patronal não debateu nenhuma das mais de 100 cláusulas que propomos e ainda insistiram na proposta vergonhosa que apresentaram na reunião passada, que para nós sindicalistas, não passa de uma lista de desrespeito ao trabalhador.

Mais uma vez a proposta dos patrões foi recusada por nossa bancada. Não aceitaremos que os direitos dos trabalhadores sejam reduzidos ou anulados. Para nosso vice-presidente, Álvaro da Costa (Já Morreu) presente na reunião, a atitude dos patrões faz parte de uma estratégia. “A bancada dos patrões está achando que ganham dos trabalhadores pelo cansaço.

Se a estratégia deles é ficar martelando nesta proposta miserável, que nada contribuí para os gráficos, eles estão muito enganados. Não nos dobraremos às pressões do setor patronal, cuja única preocupação é encher o bolso de dinheiro e esquecer do trabalhador”, afirmou Álvaro.

Nosso presidente, Joaquim de Oliveira ressaltou que este tipo atitude por parte dos patrões é comum.”Eles querem fazer pressão psicológica, nos fazendo acreditar que não há possibilidade de negociação. Já passamos por situações semelhantes e sabemos que isso é falta de seriedade de quem não está nem aí para o trabalhador. Eles esquecem da força da nossa categoria”, destacou Joaquim.

Nossa reunião terminou mais uma vez sem nenhum avanço. Mas é certo que não vamos aceitar esse tipo de humilhação vinda dos patrões. Até o momento mostramos nossa disposição em negociar a pauta que apresentamos, mas fomos simplesmente repelidos. Se esta postura hostil prevalecer, não haverá outra solução do que mostrar a força dos trabalhadores. Estamos preparados para lutar por nossos direitos, e não mediremos esforços para alcançarmos nossos objetivos.Abaixo relembramos as propostas apresentadas:

Proposta dos patrões:

– Reajuste de 6,5%
– Propõem Implantação do Banco de Horas, inclusive com a possibilidade para compensar aos domingos, e essa compensação fica a critério do patrão, ou seja, querem nos escravizar ainda mais;
– Propõem a redução da Hora Extra de 65% para 50%;
– Querem criar um terceiro Piso para a categoria para os trabalhos manuais;
– Propõem a retirada da Cláusula de seis horas para o pessoal que trabalha em fotocomposição e terminal de vídeo;
– Propõem a alteração da Data-Base de Novembro para o mês de Maio, época totalmente desfavorável para o processo de negociação;

Nossas reivindicações:
– Aumento real
– Reposição salarial
– Fim da rotatividade
-40 horas semanais
-Aumento do adicional noturno de 35% para 50%
-Aumento de 15% na Participação de Lucros e Resultados
-Cesta Básica em Vale alimentação
entre outros.

A próxima reunião da Mesa de Negociação acontece no dia 14/10 de outubro (sexta-feira).

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