Posição do patronal não é satisfatória e Gráficos de São Paulo intensificarão mobilizações

Data da postagem: 29/10/2014
Assessoria/Sindigráficos

Assessoria/Sindigráficos

Na última terça-feira, 28/10, o Sindigráficos, ao lado da FETIGESP (Federação dos Trabalhadores Gráficos do Estado de São Paulo), participou da segunda rodada de negociações com o SINDIGRAF (Sindicato Patronal) para discutir as reivindicações da Campanha Salarial Unificada dos Gráficos do Estado de São Paulo. Sem acordos, as mobilizações por parte de todos sindicatos envolvidos devem ser intensificadas até a terceira rodada, que acontece dia 11/11.

De acordo com o presidente do Sindigráficos, Álvaro Ferreira da Costa, o patronal ofereceu apenas o índice da inflação acumulada no período. “Eles tentaram nos convencer de que a produção do setor não está boa, mas rebatemos com fatores sazonais, que impulsionaram a produção gráfica esse ano, como as eleições”, explicou.

A rotatividade nas empresas também foi discutida na mesa de negociação, pois a prática prejudica os trabalhadores e a representatividade da categoria.

“Estamos em um momento decisivo da Campanha, precisamos unir forças e intensificar as mobilizações nas portas das fábricas. É muito importante que os trabalhadores gráficos apoiem as nossas ações para que possamos chegar com força na última rodada de negociação e conquistar melhorias para a categoria”, destaca Leonardo Del Roy, presidente da FETIGESP.


Confira as principais reivindicações dessa Campanha Salarial:

O reajuste salarial de 6% de aumento real mais 100% da inflação acumulada entre 1º de novembro de 2013 e 31 de outubro de 2014, além do reajuste do piso são as reivindicações mais importantes, mas os gráficos lutam também por outras melhorias.

Redução da jornada de trabalho

A redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem prejuízo salarial, é uma das principais bandeiras dessa Campanha Salarial! Os gráficos buscam maior qualidade de vida para o trabalhador e a criação de mais empregos no Brasil. De acordo com o Dieese, a redução da jornada resultaria em mais de três milhões de empregos no país.

PLR para todos trabalhadores

A Participação nos Lucros e Resultados da empresa (PLR) é mais um direito que os gráficos buscam. Esse ano, a categoria pede R$ 314 semestralmente para os trabalhadores! Além disso, aqueles demitidos durante o ano receberão o valor da PLR proporcional ao período trabalhado.

Melhoria na cesta básica

Os gráficos lutam pelo aumento da quantidade de produtos fornecidos na cesta ou o pagamento do valor equivalente de todos os produtos, através do vale-compra.

Valorização da mulher gráfica

As empresas têm a obrigação de assegurar igualdade de condições de oportunidade para as mulheres. A equidade dos salários para pessoas que cumprem a mesma função também é reivindicação da categoria.

Outras reivindicações da categoria são fim da rotatividade; adicional noturno; convênio farmácia; auxílio-alimentação; ausências legais; reembolso creche e mais.

Com informações de FETIGESP

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