Uma das mudanças propostas no texto aprovado pela Câmara dos Deputados – e que agora tramita no Senado – é o fim da obrigatoriedade do pagamento a sindicatos. O deputado Paulo Pereira, do Solidariedade, representou a Força Sindical no encontro e pediu que os senadores mantenham a contribuição obrigatória.
Para o presidente da CSB, a Central dos Sindicatos Brasileiros, Antônio Neto, a principal alteração que o Senado deve fazer na proposta é devolver aos sindicatos o poder de negociar acordos trabalhistas. O texto permite que os trabalhadores negociem diretamente com os patrões, sem a necessidade de nenhuma representação sindical.
Também nessa terça-feira, 19 senadores do PMDB se reuniram com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto, para tratar das reformas. A reunião contou, inclusive, com a participação do líder do partido na Casa, Renan Calheiros, que tem feito críticas públicas às reformas trabalhista e da Previdência, além da terceirização.
Renan apresentou dados sobre a flexibilização dos direitos trabalhistas em outros países, entre eles a Espanha, que é um dos modelos para a proposta em tramitação. De acordo com o senador, os salários encolheram e a criação de empregos decepcionou.
O projeto de lei da reforma trabalhista vai passar pelas comissões de Constituição e Justiça, de Assuntos Econômicos e de Assuntos Sociais, antes de ser levado ao plenário do Senado.
Fonte: EBC